04/09/17

De volta a Bissau 1!

Um momento da formação: atentos, o Domingos e a Fátima seguem a apresentação do meu colega de trabalho Rui Ramos, da Universidade do Minho.

Depois de uma viagem cansativa Lisboa-Casablanca e, quatro horas depois, Casablanca-Bissau, cheguei ao destino pela madrugada dentro.
No âmbito do projeto de reforma do ensino básico da Guiné-Bissau (parceria da Universidade do Minho, UNICEF e Fundação Calouste Gulbenkian), iniciei o trabalho de formação de formadores na Escola Superior de Educação Tchico Té em Bissau. Assunto: aprofundamento de conhecimentos e competências em língua portuguesa.
Logo pela manhã, saída do hotel e procura de táxi.
E que táxi! Sem cintos de segurança, estofos com buracos e um fio elétrico a servir de puxador no interior da porta. O vidro da frente, estilhaçado em vários pontos, parecia saído de um cenário de guerra. Como pano de fundo,  saía da instalação sonora o que me pareceu ser uma oração em árabe, o que não é surpreendente, uma vez que cerca de metade da população é islâmica.
O momento alto da curta viagem estava-me reservado… Entrei para o lado do condutor e sentei-me no que parecia ser um inocente banco. Assim que me sentei, apercebi-me de que o estofo estava vazio por dentro. Sem que nada pudesse fazer, as nádegas, apanhadas desprevenidas, preencheram o espaço da estrutura metálica, em forma de quadrado. A cada buraco (havia muitos!) da estrada, o rabo afundava-se mais e mais, como que impelido por uma força invisível. Estupefacto, pensava para mim mesmo: “Acontece-me cada uma!” Chegado ao destino, foi com dificuldade que me desencaixei daquela armadilha de traseiros. Com a dignidade possível, lá fui para a formação.
Como prometido aos amigos, irei dando conta das pequenas coisas desta aventura.
Abraço!

ProfAP

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